A Nação do Maracatu Porto Rico se prepara para mais um Desfile oficial do carnaval de Recife e como sempre vem com muitas novidades.
Dona Júlia
Dona Júlia é dona Santa
Mulher tão divina, foi deus quem criou
Salve, salve, minha rainha
Nação Elefante, tocando tambor
Os que conhecem a história da grande Nação Porto Rico sempre sentiram falta de dona Júlia, a segunda calunga que Eudes Chagas mandou confeccionar em homenagem à dona Santa, sua madrinha, a grande líder do antigo Maracatu Elefante.
Ela sempre esteve presente nas loas da nação, mas ausente de nossa sede.
Depois da morte de Eudes Chagas, em 1978, ela foi para o museu junto com os outros símbolos da nação.
Em 1980 a nação é reorganizada pela rainha Elda Viana e esses símbolos retornam à sua casa, mas não dona Júlia: o museu responsável por sua guarda não sabia dar notícias de seu paradeiro.
Em dezembro de 2013, 35 anos depois, uma notícia aparece no noticiário da TV: uma calunga havia sido deixada no terreiro de Xambá, em Olinda, por alguém que disse que um professor, já falecido, teria presenteado, mas que estava com medo porque a boneca aparecia em lugares diferentes dos que havia sido colocada. Assustada, resolveu doar para esse terreiro porque conhecia o museu deles.
A reportagem, além de contar parte dessa história mostrava a calunga, vestida de verde e rosa forte.
Dona Júlia só era conhecida por fotos, como a encontrada no livro Eudes, o rei do maracatu de Katarinal Real e pelas memórias dos que a conheceram.
Mestre Shacon assiste à reportagem e não tem dúvidas: era a calunga perdida de Porto Rico!
Imediatamente entra em contato com os irmãos da Nação Xambá e assim dona Júlia encontra finalmente o caminho de sua casa: a Nação do Maracatu Porto Rico!
E, passado tantos anos, nesse carnaval do Recife de 2014 dona Júlia volta às ruas acompanhando a sua, a nossa, Nação Porto Rico!