O SOM DO APITO

O som de um apito determina o início e o fim de uma toada. O instrumental do Maracatu de Baque Virado é exclusivamente de percussão. O Gonguê, o tarol, a caixa de guerra e as alfaias complementam-no e dão ao cortejo como que um caráter de encontro místico entre os seus participantes. A dança mantém as origens africanas.


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ORIGEM DO AXÉ DO REI RIVA

Rei Riva
Natural de Pernambuco numa linda cidade cheia de tradiçao, religiao e cultura durante tempos de convivencia na minha vida na minha religiao aprendir admirar as maravilhas da natureza ligada aos Nkises.
venho crescendo sempre
gostando da minha vida espiritual aonde eu mim encontro realizado com
muito axé e orgulho no Abassá Omim Axé de Dandalunda sendo filho do Tata Moacir de Angola.
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QUEM SAO OS ORIXÁS

Orixás são elementos da natureza. Quando cultuamos nossos orixãs, cultuamos também as forças elementares oriundas da água, da terra, do ar, do fogo. Essas forças em equilíbrio produzem uma enorme energia (o Axé) que nos auxilia em nosso cotidiano, tornando nosso destino cada vez mais favorável. Assim, quando dizemos que adoramos deuses, adoramos na verdade as forças da natureza, pertencentes à criação do Grande Pai, conhecido por nós como Olorum.

No Brasil, erroneamente, diz-se que Oxalá é o Pai maior. Na realidade, Oxalá é o mais velho e mais respeitado dos orixás, correspondendo no sincretismo cristão à Jesus Cristo. Olorum então corresponderia à idéia de Deus, uma vez que a maioria das nações africanas é anterior à Era Cristã, reconhecendo a figura de tal orixá como o Grande Criador. É importante observar que Olorum não se manifesta corporalmente, estando acima da vaidade pessoal e de religiões que buscam sempre monopolizar o seu poder.

Quase todos os orixás tiveram uma curta passagem pelo nosso mundo, protagonizando fatos heróicos ou divinos. Ao retornarem ao Orum (céu), nos deixaram segredos e ensinamentos, encurtando a ligação entre o material e o espiritual.
Do Século XVI até o final do XIX as Nações foram regidas pelos Orixás Xangô (deus do trovão, justiceiro) e Iansã (deusa do raio, guerreira), Rei e Rainha do povo Nagô. Em 1889, com o término da instituição dos Reis do Congo, foram fracionadas as antigas Nações Negras. Temendo uma possível união organizada entre elas, os “grandes senhores” deixaram os babalorixás (Pais-de-Santo) como líderes dos membros de suas respectivas Nações de Candomblé. Este acontecimento fez com que os babalorixás difundissem livremente os princípios de sua religião, marcando o início do domínio de vários Orixás (santos) nas Nações de Maracatu.
A influência das entidades africanas também pode ser sentida com intensidade nas calungas. Ainda na África, bonecas semelhantes, chamadas lungas, eram ligadas aos ritos de chamar chuva e fertilidade. Cada lunga vivia num determinado curso d’água, e era guardada por uma linhagem, cujo chefe conhecia o segredo da comunicação com o axé (forças espirituais) que a boneca continha. Essa linhagem sobrepunha-se às demais e seu líder possuía autoridade territorial sobre toda a área banhada pelo rio onde morava a lunga. Até os nossos dias a calunga faz parte do ritual do maracatu, encarnando a força dos antepassados do grupo. Em sua honra são cantadas, ainda dentro da sede, as primeiras toadas.

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Carnavalesco da Nação Porto Rico

Carnavalesco
“Pessoa que organiza e executa as diversas atividades ligadas ao carnaval, principalmente desfiles de escola de samba e maracatu”
Fonte: Dicionário Michaelis
O carnavalesco Paulinho da Naçao do Maracatu Porto Rico é o profissional responsável pela produção do desfile do maracatu no qual trabalha. O desfile do maracatu ocorre no carnaval, que no Recife/Pe Brasil é uma festa muito popular, que movimenta o turismo e o comércio em todo o país. O carnaval acontece em fevereiro, porém o carnavalesco trabalha durante um ano todo coordenando os detalhes do desfile, como por exemplo, a produção das fantasias e adereços e etc. É papel do carnavalesco garantir que todos os processos necessários ao andamento do desfile estejam corretos e que a harmonia do maracatu na avenida não seja prejudicada por nenhum detalhe esquecido.
Não existe formação necessária para ser um carnavalesco. Por ser uma profissão ligada às artes e à cultura, o aprendizado vem com a prática e, geralmente, os profissionais dessa área fazem parte da comunidade de maracatu,escola de samba. É necessário que o profissional esteja sempre disposto à aprender e à se atualizar, podendo fazer cursos de artes, música ou coordenação de eventos.

“O Carnaval não é invenção do Diabo, como dizem algumas religiões. Talvez seja invenção de algumas religiões, como dizem os carnavalescos”!

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Maracatu Nação

Manifestação cultural que nasceu nas senzalas de Pernambuco mistura candomblé e catolicismo.
Quando  Mae Elda Viana foi convidada para ser rainha da Nação Porto Rico, ela não sabia o que isso significava. Aceitou e nem sabe por quê. “É o espírito que empurra a gente”, diz. Nascida em uma família evangélica,  Mae Elda foi ter seus primeiros contatos com a cultura afrodescendente quando morou no Rio de Janeiro e passou a frequentar casas de umbanda. Anos mais tarde, mudou-se para Recife e foi parar bem ao lado da casa de Maria de Sônia. Vez ou outra, ia à casa da vizinha para observar os rituais de candomblé que aconteciam por lá. Tinha medo. Até que aconteceu o convite.
Isso foi há quase três décadas. Hoje,  Mae Elda sabe que ser rainha de uma nação significa ser uma das figuras centrais de um grupo tradicional com fortes ligações com religiões africanas, em especial o candomblé. Essas nações são, em geral, seculares e estão em Pernambuco, onde surgiu o Maracatu Nação. O nome remete diretamente a esses grupos tradicionais, que levam adiante os costumes do que pode ser também chamado de Maracatu de baque virado. É diferente do Maracatu Rural,cuja figura do caboclo de lança com sua vasta cabeleira de cores vivas tornou-se quase um símbolo de Pernambuco.
Existem muitas versões para o surgimento do Maracatu Nação, mas a hipótese mais aceita é que ele deriva das coroações de Rei Congo, prática na qual escravos eram escolhidos para ser intermediários entre os poder colonial e os homens e mulheres vindos da África. Entre os séculos 18 e 19, essa prática foi, aos poucos, sendo incorporada pelos escravos e se transformando no que conhecemos hoje como maracatu. Sua tradicional manifestação se dá no cortejo.
Os trajes de majestade dão o recado: Os negros podem ter sua nação
O porta-estandarte e a corte real – formada, entre outros personagens, por príncipes e princesas, duques e duquesas, damas e súditos – abrem espaço para o rei e a rainha, que vêm logo atrás. Eles são figuras centrais do maracatu. Com coroas douradas, mantos de veludo bordados e enfeitados, espadas e cetros reais, caminham no ritmo inconfundível dos batuques. A rainha negra, com as roupas da majestade europeia, é uma forma de os negros dizerem que podem ser livres e ter sua própria nação.
Outro personagem importante é a dama do paço. Pode ser uma ou duas em um cortejo e sua responsabilidade é carregar a calunga. Trata-se de uma boneca ricamente vestida que simboliza os ancestrais daquela comunidade. É cultuada como Egum, nome que os adeptos do candomblé dão ao espírito depois da sua morte. A batida do Maracatu Nação é uma homenagem a Iansã, orixá que circula no mundo dos mortos, e, como suas apresentações acontecem fora dos terreiros, os grupos também precisam da simpatia de Exu, orixá das ruas, estradas e encruzilhadas. Sua ligação com terreiros de candomblé está também explícita nas cores das roupas e na pintura das alfaias (tambores), que são as mesmas do orixá a quem é dedicado o terreiro de origem da nação.
À porta das igrejas, a homenagem é para Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. E a mistura religiosa não para por aí. As rainhas  e reis das nações de maracatu são coroados por padres em igrejas católicas. “Como por quê? Porque é lá que acontecem os batismos. A coroação é como um batismo”, é a explicação óbvia de Mae Elda a unica rainha coroada dentro da igreja em 08/01/1979  e tambem seu rei Riva de oxum  no dia 02/04/2009 ambos unicos coroados dentro da igreja ainda vivos sobre a razão que leva essa cultura com fortes raízes africanas a buscar um dos seus grandes pilares, a coroação da rainha e rei, na Igreja Católica. E isso não retira a força das tradições do candomblé. Em algumas datas especiais, por exemplo, as nações fazem oferendas em forma de sacrifícios de animais aos orixás.
O mais solene momento dos maracatus, porém, é a Noite dos Tambores Silenciosos, um encontro dos diversos baques virados de Pernambuco com o objetivo de reverenciar os ancestrais. O ritual é marcado pelas batidas da percussão e pelas toadas (cantos típicos), muitas delas cantadas em uma língua africana conhecida como iorubá. Realizado na segunda-feira de carnaval, o evento é atualmente sediado pelo pátio da Igreja de Nossa Senhora do Terço, mais conhecido como Pátio do Terço, em Recife (PE). Séculos atrás, nesse local os escravos eram vendidos e, muitas vezes, castigados.
Maracatu Naçao Porto Rico


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