Rainha Elda

Elda Ivo Viana, 40 anos de coroação!

Biografia. Cantações. Inovações. Loas. Cronologia. Entrevista. Bibliografia

 

Gloria Pereira da Cunha

Dona Elda, Mãe Elda, Elda d’Oxóssi, rainha Elda, sacerdotiza Elda Viana, Elda de Porto Rico, ialorixá Elda Viana, Elda da Macaia do Oxossi, títulos que escondem e desvelam uma mulher guerreira de 81 anos, 40 deles como rainha de uma grande nação de baque virado:

Elda Ivo Viana, rainha da Nação do Maracatu Porto Rico.

 

Se não for por amor não vai em frente. Eu não tenho casa, quem tem é o maracatu, eu tenho a comunidade dentro da minha casa, cuidando das coisas do maracatu. Quando eu vejo aquele batuque do maracatu na rua, chega a doer, eu choro de emoção. (Elda Viana)

“Se o trabalho do candomblé for hoje para mim ir para a igreja, receber a missa, a benção do padre, então meu trabalho hoje foi este, então tenho de seguir logo para a igreja. Eu vou à igreja quando o candomblé permite para eu ir à igreja.” (Elda Viana, no documentário da BBC, The actress, The bishop and the carnival Queen.)

Biografia

Nome – Elda Ivo Viana.

RG – 1.175.675 SDS/PE (expedição 24/05/1995)

Data e local do nascimento – 06 de janeiro de 1939 Recife – PE

Filha de Ocidalia Bandeira do Nascimento e Luiz Ivo Viana, devotos da Assembleia de Deus
Residência – Rua Eurico Virtuvio, 483, Pina, Recife/PE, CEP: 51011-140

Pai Jará

Yalorixá do Ylê Oxossi Guongobira.
Rainha e Presidente da Nação do Maracatu Porto Rico
Presidente da empresa Nação Maracatu Porto Rico, CNPJ no 10.052.454/0001-60
Funcionária pública por 22 anos, aposentada.

Mãe de 5 filhos: Edileusa Lira da Silva com Enock José de Lira, filha mais velha e única mulher. (25/09/1955) Jurandir (falecido), Jailton (Pai Jará), Jorge (falecido), e Jailson (mestre Chacon/ Gunga) com Francisco João Chacon.

Rainha Elda e Rei Zeca

Foi casada também com o senhor Zeca, que foi rei de Porto Rico e aparece no filme da BBC, que até hoje mora no Bode e viúva do senhor Valmir e pai Josias.

Dona Elda, como várias meninas do Recife nesta época, casou cedo com Enock José de Lira, também de menor, no cartório de Água Fria. Nasce Edileusa, dona Leo, e algum tempo depois o casal se separa.

Edileusa Lira da Silva nasceu em 25 de Setembro de 1955 em Encruzilhada, Recife, Pernambuco. Atualmente Mãe Leu é também a princesa da Nação, herdeira do trono e Yakekerê (Mãe Pequena) do Ylê. Foi casada com Manuel Mendes, presidente da Federação, por 16 anos. Tem 3 filhas, Cláudia, Betania e Néia e três netos, um de cada filha. Sua neta Leoranya, filha de Claudinha, é batuqueira da nação e já foi Rainha da Corte do Baque mirim.

Visitando sua tia Zefa, que vendia peixe na frente do Banhista, Elda Viana conheceu João Francisco Chacon, que foi o pai de seus 4 filhos. “Mamãe vinha e dava aquelas fugidinhas da igreja da vovó e vinha pra Banhista cantar.”, conta a filha.

Já grávida de Jurandir, foram para o Rio de Janeiro, Edileusa tinha 3 anos.

Dona Elda, filha de evangélicos, conheceu a umbanda e o candomblé no Rio de Janeiro.
Edileuza lembra de pouca coisa do Rio de Janeiro, mas se recorda do morro, do carnaval “muito bonito” e do candomblé. Com 7 anos, Oxum a encontrou em um terreiro de umbanda do Rio, na rua São João do Miriti, casa de madrinha Izabel, sua primeira mãe de santo.
No final da década de 60 voltou para o Recife e foi morar no bairro de Mangabeira, zona norte, com a mãe e depois moraram em Santo Amaro, e Águas Compridas.

Em 1969, com 30 anos, foi mãe de Jailson Viana Chacon, Mestre Chacon.

Nascido em 06 de Fevereiro de 1969 em Recife – PE. Desde a adolescência já mestreava a Nação do Maracatu Porto Rico em apresentações folclóricas como vice diretor de bateria pois na época não existia o termo Mestre e sim Diretor e Vice Diretor de bateria, a partir do ano 2000 é o Mestre do Maracatu. É Babalorixá  e atualmente junto com sua irmã Edileuza de Oxum cuida da parte espiritual da Macaia de Oxóssi. Todos os seus filhos – Jeisse, Jhayana, Jhadyel – foram/são batuqueiros e a pequena Jhadyanna, nascida em 2018, com certeza estará na nação.

Dona Elda já estava separada de João Francisco quando se muda para a comunidade do Bode, bairro do Pina, para o mesmo local onde hoje mora e construiu a sede do Ylê Oxossi Gongorira e Nação do Maracatu Porto Rico.” Jailson” estava de braço”, segundo Edileuza que já tinha 13 anos. O local era o mesmo, mas muito diferente.

“Em Recife foi feita ainda na década de 1970, na nação nagô e mais tarde na década de 1980, na nação jeje pelo renomado Babalorixá Raminho de Oxóssi, sendo que hoje ela afirma que seu terreiro é traçado jeje-nagô.” (ABZ Koslinski)

Dona Elda conta que o maracatu não a interessava, frequentava a casa de Eudes Chagas por causa da religião para se aprofundar no nagô. Seu filho, Jailson Chacon Viana conta que conheceu o maracatu em 1976, quando tinha sete anos:

Minha mãe, Dona Elda, me levava junto na casa de seu avô de santo Eudes, que estava lhe ensinando o conhecimento do Ifá (Jogo de Búzios). Era depois da escola, nos finais de tarde. Eudes falava sobre o maracatu e eu já criança, ouvia atento. Minha mãe começou a sair de baiana e eu de índio. Os irmãos de lanceiro e outros personagens, todos envolvidos desde cedo.

Elda foi uma rainha inovadora, e revolucionária conseguindo inúmeras vitória e legitimidade dentro da tradição do maracatu. Aos 41 anos estava morando no Pina e com seu terreiro instalado, com muitas filhas, muitas moças bonitas, sempre com muita gente em torno dela como contou Armando Arruda a Ivaldo Lima e a partir de uma iniciativa de alguns folcloristas amigos de Eudes Chagas, o Porto Rico do Oriente sai do museu e dona Elda, que que iria participar como princesa, foi escolhida rainha.

O maracatu que ela herdou não passava de alguns tambores, 12 a 14, caixa e gonguê, uma corte pequena, um estandarte antigo. Eudes Chagas não tinha conseguido manter o maracatu para fazer frente ao Indiano e Elefante. Mestre Jaime foi contratado como diretor de apito e aparecia aos domingos de tarde para os ensaios sem entrar em outros aspectos da nação. Dona Elda foi a única responsável pelas decisões que levaram Porto Rico a ser a nação vitoriosa das duas últimas décadas do século passado. Recebeu uma ajuda inicial de alguns folcloristas para fazer sua coroação e colocar o maracatu na rua, mas não se deixou prender por eles.

“Afasta-se de Armando Arruda e todos os que tentam imobilizar seu maracatu na “camisa de força da tradição”, convida Raminho de Oxóssi para ser seu rei, e com isso ganha apoios diversos, a exemplo dos organizadores da Noite dos Tambores Silenciosos. Elda Viana demonstrou uma incrível capacidade para jogar com a tradição (coroação) e com a implantação de grandes mudanças nos figurinos, aproximando-os do luxo e glamour das escolas de samba. A introdução de grupos de dança com coreografias durante o desfile, fazendo composições com outras agremiações para engrandecer em número o Porto Rico, foi outro recurso utilizado. Estas estratégias surtem rápido efeito, pois em 1983 o Porto Rico é consagrado campeão no carnaval, repetindo o feito em 1984 e 1985. Seu prestígio cresce e com ele as alianças, imprescindíveis para a construção de uma hegemonia entre os maracatuzeiros e maracatuzeiras. […] O certo é que à medida que Elda Viana, do Porto Rico, inovava nos seus desfiles e arrebatava os campeonatos, os demais maracatus procuravam imitá-la, mesmo que de forma tímida.”(LIMA, Ivaldo MF, doutorado)

Depois de 3 anos a nação comandada por Elda Ivo Viana passa a ganhar quase todos os anos e quando perde fica em segundo. Inovando com mais brilho e saias com armações, introduzindo a corte mirim e a bruxa de pano, provocando polêmicas.

Em 2 de agosto de 1985 funda o Urso Zé da Pinga no bairro do Pina junto com seus filhos do Ilê Axé Oxóssi Gongobira, ligado à religião Jurema Sagrada.

Em 1989 Porto Rico viaja à Europa representando a cultura pernambucana.

Líder religiosa e gestora, durante 20 anos ela foi a única mola propulsora de toda a nação. Além da articulação política com as prefeitura e outras nações, ela fazia toda a gestão dos recursos para conseguir colocar o maracatu na rua, um maracatu cada vez com mais brilho e beleza.
Sempre costurou e durante anos fez as fantasias da nação. Em vários documentários que registram alguns cotidianos da nação ela aparece pilotando sua máquina de costura.

Dona Elda é funcionária pública aposentada, tendo trabalhado no estado por mais de 22 anos. Trabalhou na escola Assis Chateaubriand, em Brasília Teimosa, onde foi zeladora e professora de OSPB, matéria que poderia ser dada por leigos. Ela conta que o foco da matéria era disciplina, ensinar as crianças se comportar, a falar corretamente, a cumprimentar as pessoas.

Manteve uma Escolinha de reforço na sua casa no Bode, onde ensinava o básico da matemática – as 4 operações e tabuada – e fazia as lições de casa com as crianças. Da escolinha de reforço pra Escolinha de Baque foi um pulo. Ela já tinha sido a responsável pela introdução da corte mirim nos desfiles de maracatu e agora montava a Escola de Batuque. As crianças que frequentaram essa escola nos anos 80, hoje são grandes batuqueiros da nação.

A partir de 2000 seu filho Mestre Chacon passa a dividir com ela as responsabilidades e se torna o diretor de apito, mestre de Porto Rico. Até 2010 dona Elda ainda costurava as roupas da corte e continuava atuando como líder religiosa e rainha.

“Dona Elda, apesar de continuar sendo a rainha do Maracatu, atualmente não é a responsável pela manutenção e organização da sede por estar com a doença de Alzheimer e impossibilitada de continuar em suas funções sendo substituída por sua filha, Edileusa Viana. Mesmo assim, ela continua desfilando. “Quando ela sai na passarela, você não reconhece ela, não. Já é outra pessoa, já fica com a proteção de todo mundo, os espíritos e orixás chegam modificando ela”, conta Amanda Mariana, integrante da Nação. [Queiroz, Leandro. Coroado no Congo, no movimento Manguebeat ]

Alegre e dramática, sempre gostou de cantar boleros, quase de representá-los.
Uma mulher inteligente que sabia conversar e formar parcerias quando era necessário para que sua nação tivesse a trajetória de vitórias que teve com seu comando.

 

Cantações

Ouça dona Elda cantando Nagô – clique aqui!

Cantando no V Festival Percussivo De São José do Rio Preto, SP

Dois vídeos com Dona Elda brincando e cantando

 

Inovações de dona Elda

“Minha mãe, quando assumiu o Maracatu em 1979, não existia saia de armação, foi ela quem criou saia de armação no Maracatu. Não existia corte mirim, foi minha mãe quem pôs corte mirim. Não existia brilho, minha mãe pôs brilho… Eu inovei o baque, na questão de colocar muitas conduções de conversões. Eu tirei o que tem dentro do Candomblé, tocado para o Orixá e introduzi dentro dos baques, montando toda uma dinâmica de percussividade de condução de breque, de paradas…”

(mestre Chacon Viana).

“Era preciso disputar a legitimidade e aceitação frente à poderosa Madalena, tida por muitos setores da intelectualidade local como a sucessora de Dona Santa, antiga rainha do Elefante, considerada símbolo da tradição nos maracatus. E era preciso dispor de capital simbólico para fazer frente a essa disputa. Elda Viana não só soube acumulá-lo através das suas performances na passarela, como também construiu estratégias discursivas que lhe permitiram fazer frente à Madalena, rivalizando-a de igual para igual. […] O certo é que à medida que Elda Viana, do Porto Rico, inovava nos seus desfiles e arrebatava os campeonatos, os demais maracatus procuravam imitá-la, mesmo que de forma tímida. O que não passou despercebido pelos “tradicionalistas de plantão”, denunciando que os maracatus estavam se descaracterizando. […] após a estratégia de Elda Viana, praticamente todos os maracatus começaram a apostar na contratação de grupos, ou no estabelecimento de parcerias com vistas à presença de um grande número de desfilantes na passarela.”

(LIMA, Ivaldo Marciano de França)

“Elda Ivo Viana, mais conhecida como Mãe Elda de Oxóssi é Ialorixá e rainha do Maracatu Nação Porto Rico. Viúva por seis vezes, criou seus filhos e comprou seu barracão com a venda de frutos do mar na Praia do Pina, dando “aulas de reforço para crianças”. Hoje, Dona Elda promove diversas atividades culturais na comunidade. Diz ela que os vizinhos reclamam quando não há ensaios das agremiações, nem festa no seu barracão, pois todos se envolvem direta ou indiretamente: a vizinhança, seus filhos, noras, genros, outros parentes e filhos da religião.
A Ialorixá declara que sua marca no maracatu foi a construção de uma grande sede erguida por ela, a qual funciona como residência e barracão, ocupando um quarteirão do bairro. No local são guardadas centenas de fantasias e adereços do maracatu e do Urso Zé da Pinga – agremiação fundada por ela, Edileuza (sua filha biológica e atual presidente da agremiação), entre outras pessoas. Destaca ainda que foi ela quem introduziu ricas vestimentas no maracatu e que seu filho Chacon “modificou a batida do baque virado”, diferenciando-o dos demais grupos recifenses. Dona Elda é a única Rainha de Maracatu viva, coroada ainda com as bênçãos da Igreja Católica. Aquelas que a precederam foram coradas em cerimônias realizadas dentro do Candomblé.”

[SILVA, Claudilene. Sem elas não haveria carnaval: mulheres do carnaval do Recife/ Claudilene Silva; Ester Monteiro de Souza. – Recife: Fundação de Cultura da Cidade do Recife, 2011. p.62.]

 

Loas para rainha Elda Ivo Viana

1. Respeito à Minha Majestade/ autor Mestre Chacon (2000?)
2. 100 anos de tradição / autoria Tenily e Augusto Menezes (2016)
3. LINDA BELEZA / autoria: Nathalia/ Mestre Chacon
4. Dois Guerreiros de Fé / autoria: Ryan do Alfaia da Praia (2020)
5. Porto Rico faz terra tremer / autoria: Mary de Xangô (2020)
6. Tambores de Resistência / autoria: Cláudia Viana e Mestre Chacon (2020)
7. Mãe Elda reinou / autoria Jhadyel (2020)

Respeito à Minha Majestade

      1. Dona Iñes - Maracatu Porto Rico

 

DONA INÊS É MINHA RAINHA
DE PALMARES A PALMERINHA . (BIS)
CHEGOU CHICO DE ITA,
SENHOR EUDES E ZÉ DA FERIDA. (BIS)

A PRINCESA É ELIZABETE,
DONA BELA A BRUXARIA. (BIS)
SALVE PEREIRA DA COSTA,
DE PALMARES A PALMERINHA . (BIS)

MÃE ELDA É NOSSA RAINHA
TATÁ RAMINHO É NOSSO REI. (BIS)
OLHA O RESPEITO A MAJESTADE
CHEGANDO ONDE EU CHEGUEI.(BIS)

100 anos de tradição

Ela que foi coroada
Na igreja Rosário dos Pretos
Mãe Elda é nossa Rainha
Vossa majestade merece respeito
Mãe Elda é nossa Rainha
Vossa majestade merece respeito

Em sua coroa carrega
Cem anos de Tradição
Com a força de seu Pai Oxóssi
Mãe Elda guerreira de espada na mão
Com a força de seu Pai Oxóssi
Mãe Elda guerreira de espada na mão

Centenário de luta e de glória,
Porto Rico nação de valor
Mãe Elda rainha, seu manto nos cobre
Com o axé da Nação Nagô

Exaltação ao Porto Rico

 

Brilhou o verde e o vermelho  /  Santa Maria é o veleiro
Porto Rico tem um baque   /   Que Balança o Mar inteiro

Nação Nagô atravessou  /  Nação Nagô se plantou,
Em terras divinas, 100 anos de vida
Nação Nagô atravessou  /  Nação Nagô exaltou
O Povo do Pina, Mãe Elda rainha
Com todo esplendor

E toca o gonguê   /  Sacode o abê
O mestre Chacon na condução
Não há o que temer, o mundo já vê  /   O poder da minha nação
E corre no couro o suor do tesouro
Que a dama de passo carrega nas mãos
É tanta vida Ogum que dá fibra   /   Ao tambor desta Nação.

LINDA BELEZA

      2. PR 2020 PR é uma beleza

 

PORTO RICO É UMA BELEZA
QUE NA FORTALEZA PISAVA NO MAR (bis)

ESTÁ NA MATA MEU PAI OXOSSI
XANGÔ NAS PEDREIRAS, OGUM GUERREAR. (bis)

VEM NA FRENTE, Ó MINHA RAINHA
MÃE ELDA DO OXOSSI VEM A DESFILAR. (bis)

SALVE, SALVE,MEUS BATUQUEIROS.
NO VERDE VERMELHO, SÓ QUERO PASSAR. (bis)

YEMANJÁ COM SUA BELEZA
TRAZENDO OS PEIXINHOS DO FUNDO DO MAR (bis)

ORA IÊIÊ O MAMÃE OXUM
COM SEU BRILHO BEM FORTE, EU QUERO É BRILHAR

ESSA É A NAÇÃO PORTO RICO
ESSE BAQUE É BONITO, EU SÓ QUERO PASSAR (bis)

Dois Guerreiros de Fé

Eu vi, foi no meio da Mata
Caboclo tocar Aguerê pra Odé
Caçador com seu Ofá
Rei do Ketu, irmão de Ogum
Dois Guerreiros de Fé. (repete)

Mãe Elda foi quem ensinou
A não sair para trabalhar
Sem a benção de Oxóssi
Pra comida não faltar.

Caçador de uma flecha só
Com sua mira certeira,
Matou um pássaro maldito
Salvando o povo da aldeia. (repete)

Eu vi, foi no meio da Mata …

Coroado rei do Ketu
Por sua benfeitoria
Carrega o axé do Porto Rico
Esse Baque é bonito Oxóssi é meu guia. (repete)

Eu vi, foi no meio da Mata …

Tata Raminho mandou avisar
Que chegou o Ibualane
Trazendo a cultura jeje-nagô
para este povo de Luanda

Ensinamento e aprendizado
Riquezas do candomblé
Maracatu de baque virado
Só tem sua força se for no axé (repete)

Porto Rico faz terra tremer

      3. PR 2020 Me mostra o seu baque

Ô Porto Rico me mostra o teu baque
Ao som das Alfaias faz Terra Tremer
Vou pedir ao meu Pai Oxóssi
Uma flecha certeira o inimigo vencer

Vou passando de verde e vermelho
Ogum vai na frente cortando o mal
Ô Nação atenção vem o Mestre.
Ô Santa Maria Respeita o sinal

Com o Axé, Ilê Iboalama
Oxóssi Guangoubira, Okê Arô!!
Salve Mãe Elda Rainha
O Tata Raminho e o Povo Nagô.

Tambores de Resistência

      4. PR 2020 Sou tambores de ogum

Meu tambor nunca calam
Porque eu sou resistência
Eu sou a joia rara
Porque tenho ciência
Só exijo respeito
O respeito em comum
Batam palma meu povo
Sou tambores de Ogum

Sou tambores de Ogum, eu sou
Sou tambores de Ogum, eu sou
Sou baque das ondas
Rei do Ketu Orixá do Nagô

Mãe Elda e Tata Raminho / A vocês canto esse louvor
Segura o Baque das Ondas / Rei do Ketu Orixá do Nagô

 

      5. Elda Tambores VOZ

 

MÃE ELDA REINOU

      6. Elda Mira certeira

COM SUA MIRA CERTEIRA, OXOSSI ME ENSINOU
A CAÇAR NA MATA ODÉ ODÉ OKÉARÔ

REI COM O REI DO KETO MÃE ELDA REINOU
A CAÇAR NA MATA ODÉ ODÉ OKEARÔ

COM SUA FLECHA NA MAO É SEU OFA
ELE É O REI DO KETO  / E SABE REINAR

 

CRONOLOGIA

ENTREVISTA