O Pina chega a Campinas

No dia 18 de agosto, entre 12:00 e 14:00 acontece no Instituto de Artes a primeira oficina com mestres de cultura popular do projeto Itinerários do Saber Musical, apoiado pelo Projeto de Extensão Comunitária da Unicamp.

O objetivo deste projeto é viabilizar a troca de saberes entre músicos acadêmicos e músicos provindos de grupos de performances afro-brasileiras – comunidades que experimentam formas diversificadas de saber musical, perpetuáveis no tempo e transmitidas por gerações por meios educativos não convencionais de um ponto de vista estritamente escolástico.

Abrindo esse projeto, teremos a honra de receber Dona Maria da Quixaba – yalorixá, sacerdotisa do “Ylê de Oxum Deym” (casa do Orixá Oxum) –  que abordará aspectos culturais da Jurema Sagrada, do Candomblé e do Coco ,juntamente com a mestra Joana D’Arc, que abordara aspectos artísticos dessa expressão musical, especialmente dança e percussão.

A Mazuca é uma tradicional dança folclórica, com rimas e batidas dos pés para acompanhar o ritmo, que relembra as manifestações dos negros do Congo. Já a Quixaba é uma planta medicinal muito usada nos terreiros de candomblé.

Nos finais das festas das cerimônias religiosas do terreiro de mãe Maria da Quixaba os toques de Mazuca acontecem há muitos anos. Todos dançam e cantam lembrando os grandes e velhos tempos dos senhores mestres mazuqueiros da jurema .

A tradição religiosa familiar de dona Maria da Quixaba, uma das mães-de-santo mais antigas do bairro do Pina – Recife,  neta de santo de Eudes Chagas  e líder espiritual do grupo e do Maracatu Nação Encanto do Pina, vem sendo mantida nas interpretações de seus descendentes que integram o Mazuca da Quixaba.

O grupo Mazuca Da Quixaba liderado por Joana Darc, neta de dona Maria e mãe pequena do Ilê de Oxum Deym, reúne fragmentos da historia oral pelos velhos mestres da jurema e as mistura ao som da pisada do coco de terreiro. O grupo nasceu em 2006 no bairro do Pina, em Recife, de uma necessidade ligada ao paralelo singular que une o religioso e o profano. Mostra, em forma de cantos, toques e danças, o que acontece dentro de uma cerimônia religiosa da jurema nunca jamais visto, para que o público, em geral, passe a conhecer e valorizar tais características que tanto envolvem o povo da Jurema.

O que? Oficina de Coco de Terreiro com o grupo Mazuca da Quixaba de Recife
Onde? Instituto de Artes – Unicamp – sala 35
Quando? Dia 18 de agosto, das 12 às 14
Quem pode se inscrever? Preferencialmente músicos, alunos ou não do Instituto de Artes
Como se inscrever? Inscrições pelo e-mail: sartorivilmar@ig.com.br

Sobre gloria

Desde 2007 me descobri batuqueira; comecei a aprender maracatu no Ilus de Assuada, um dos filhotes da Casa de Cultura Tainã e grupo Urucungus. Em 2008 fui uma das fundadoras do Maracatuca. Minha formação musical veio da Fundação das Artes e depois me especializei em percussão de orquestra, erudita e trabalhei mais de duas décadas na Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas. Sempre dei aula, gosto de ser professora. Fiz mestrado na Unicamp, dentro do Grupo de Educação e Pesquisa em Educação Continuada - GEPEC - na Faculdade de Educação com a Corinta M. G. Geraldi como orientadora nessa caminhada. Agora estudo na Nação do Maracatu Porto Rico com mestre Shacon e vários batuqueiros e a Nação do Encanto do Pinta com vários batuqueiros, mas principalmente caixa com Mariana Bianchi.
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